segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Venderia a minha alma ao Diabo

Caro 'Diabo',
Eu não ia falar de amor, mas todos estes textinhos e frases espalhados por toda a parte, suscitaram em mim, a minha vontade de afirmar o que é o amor e de como foi o nosso. De explicar a todos que no amor é preciso respirar fundo, é preciso pensar e repensar e nunca perder a paciência. Que no amor tudo é uma vitória. É estar sempre a perder e mesmo assim nunca ser derrotado. É dar tudo sem olhar a nada, sem fazer contas ou pedir fiado. Que no amor dá-se, sem nunca esperar de volta. Que o amor é voluntariado, é trabalhar sem nunca ser remunerado. E que a paixão é o melhor disto. É mover montanhas, nadar mil mares, correr kilometros, roubar bancos, saltar de aviões, é fazer o que for preciso para que tudo esteja bem e acabe bem. E eu por ti fiz tudo, e faria o dobro, mas tu não deixaste. Por isso agora, é tempo de seguir em frente, é tempo de esquecer os teus hábitos, a tua boa disposição, os pequenos almoços na cama, a tua roupa espalhada no chão. É tempo de esquecer os nossos pés, que debaixo dos lençóis arranjavam sempre maneira de se fundirem. É tempo de seguir em frente, por isso, meu amor, esquece tudo e eu, pouco a pouco, me esquecerei. 
Com muito amor, 
Beatriz.

P.S.- deixei a roupa a secar, não te esqueças de a colher caso chova. 

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